segunda-feira, 22 de junho de 2009

Passe livre no olho dos outros é refresco para bandidos.

Ontem, sábado, foi dia de passe livre aqui na capital; para a alegria das senhoras, que podem levar seus filhos a vacinar, as famílias podem passear por Porto Alegre e conhecer seus pontos turísticos mais belos e os vagabundos de plantão podem armar confusão em locais diferentes, para variar um pouco sua própria rotina.

Tive aula neste dia, e não foi surpresa o fato de tentarem me assaltar, às nove horas da manhã, na entrada do terminal de ônibus ao lado do Mercado Público. Não deixei. Logo após, presenciei os mesmos malandros, roubarem a pasta de um estudante, no mesmo ponto em que me abordaram. Corri atrás, gritei, perdi meu ônibus e catei o sem-vergonha que fugira com a pasta do moço. Cenas como estas para mim são comuns, mas, o mais comum, é o fato de não haver nenhum policial, nenhum fiscal e nenhuma outra alma viva que me ajudasse. É por isso que a cidade vem ficando do jeito que está: muita violência, muito trafico e pouca segurança para nós, os cidadãos honestos; bem, nem tão honestos assim, mas este é outro assunto.

Os problemas são muitos e as soluções são poucas. A causa mais grave, e a que se podem solucionar com mais facilidade – por incrível que pareça – é a falta de organização por parte de todos os servidores ligados, não só à segurança publica, mas a todos os serviços que originam problemas como estes (incluem-se polícia, empresas de transportes, GOVERNO – que anda meio ausente nestes últimos tempos –, escolas, etc.). Não se pode programar um dia de passe livre sem reforçar policiamento, principalmente nas áreas de grande concentração de coletivos (como os pontos de ônibus do centro, as grandes paradas e terminais, os centros de comércio, etc.). É obvio que a insegurança crescerá nestas zonas: falamos de vendedores de drogas, membros de gangues (apelidadas de “bondes”), assaltantes, batedores de carteira, enfim, todos estes deslocar-se-ão às zonas de maior circulação de pessoas para praticar seus atos maléficos. Ok, neste ponto o leitor vai dizer que eu estou exagerando, e talvez esteja um pouco. Já tive uma arma em minhas fuças por causa de uma carteira vazia e um celular velho, e, em minha opinião, estas idéias são totalmente condizentes com a realidade atual.

Mas falava de governo, oh sim, aquele que elegemos pela “musiqueta” bonita da televisão e pela “careta” honesta que faz quando nos aperta a mão em vésperas de eleições. Bem, esse mesmo, deveria repassar salários decentes para policiais e funcionários da segurança e da saúde, além, é claro, de garantir condições dignas de trabalho para os pobres coitados. Digo-lhe então, leitor, que o brasileiro paga impostos que se igualam aos de paises de primeiro mundo, motivo suficiente para que os nossos serviços sejam de ótima qualidade. Mas o que acontece? Metade vai para o “bolsinho” de poucos (seja por meio de acréscimos ridículos aos salários, pactos com empresas privadas ou o famoso “caixa dois”, que já de tão popular na nossa política, deveria virar parte do folclore nacional).

É de meu conhecimento, que grande parte dos membros dessas gangues, ou assaltantes em geral, são menores de idade; ora, mas o que estão fazendo com a lâmina de afeitar do pai e a cara de pau da mãe, assaltando pessoas na rua? Porque, me pergunta uma senhora no supermercado, não estão estudando? Creio que os motivos não são simples. Neste ponto se encontra outra grande deficiência no nosso país: as escolas ensinam pouco; os professores são pouco qualificados; as famílias não têm dinheiro para manter suas crianças no colégio; o bullyng, que afeta grande parte dos estudantes e contribui para o aumento de violência no âmbito escolar; a pobreza de grande parte da população, pois a miséria produz falta de cultura; são tantas coisas que poderia escrever até amanhã. Mas estou com sono, então paro por aqui.

Resumindo, nossa vida está difícil.

Para terminar, gostaria de salientar, eu sei que as soluções para os problemas da sociedade são difíceis de aplicar, precisamos de mais vontade e ação em conjunto, coisa que o governo deveria coordenar. Mas não o faz. Talvez se a política deixasse de ser egoísta para ser otimista... Mas isso é difícil em um pais subdesenvolvido dentro de um regime capitalista.

domingo, 21 de junho de 2009

Meu primeiro post

Oh, que empolgação, não sei nem o que escrever. Bem, vamos começar pelo motivo que me levou a criar isto: basicamente hoje, quando estava andando de ônibus, comecei a notar que varias coisas em nossa sociedade me revoltavam (eis ai o nome do tal blog). Talvez eu não seja o único a notá-las, nem o único que trata de expressá-las em algumas poucas e mirradas palavras; mas vou tentar, vai ser algo como um desabafo para minha cabeça confusa.

Nesta jaula de loucos que chamamos de planeta Terra, a vida vai tão rápido que, sem dar-me conta, vão os dias, as noites as semanas e o dinheiro; e fico aqui parado, perguntando-me aonde vou com tanta falta de zelo. Uma vez um vídeo da internet me disse para não me preocupar com o futuro, que fazer isso era como “resolver uma equação de álgebra mascando chiclete”, pois bem, aí vai um conselho meu: se preocupar com o amanha é para aqueles que têm medo de encarar o Hoje de frente, então, trate de resolver as próximas vinte e quatro horas, que o resto se resolve sozinho.

Acho que este é um de meus defeitos como escritor amador: perco-me nas palavras. Eu estava escrevendo sobre meu novíssimo blog lá em cima e agora estou falando sobre filosofia de YouTube! Em algum outro momento se fala de filosofia, agora, ao blog.

O problema está em que todo ser humano moderno, em alguma parte de seu maravilhoso dia, incomoda-se com algo, como não sou exceção à regra, estou sempre com uma revoltinha dentro da cabeça acerca de algo que vi, ouvi ou inventei; sobre isto escreverei, e dane-se o resto.

Por enquanto, devo tomar cuidado para não compor trechos muy longos, pois, assim como eu faço, na metade do texto bate o tédio e acaba-se, prematuramente, a leitura.

Enfim, vou ficar feliz e contento a medida que alguns poucos e queridos internautas passem a ler minhas bobagens (sejam eles mães, pais, amigos, etc.). Mas pouco publico não vai me impedir de digitar, como louco no final das noites, minhas importantes observações acerca de meu mundo, e ponto final.