quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dê-me independência, please!


O Rio Grande do Sul (RS) tem vários elementos que o possibilitariam ser um estado independente: o nacionalismo de seu povo; estabilidade política e democrática; economia próspera (mesmo não sendo totalmente explorada); índices de qualidade de vida, educação, renda per capita bem superiores aos do resto do pais etc. O problema esta nos interesses econômicos dos nossos empresários e políticos. É muito mais fácil sonegar impostos, roubar recursos públicos, e explorar os direitos dos trabalhadores dentro de um estado grande como o Brasil, pois o controle é precário e a maior parte da população não tem acesso às informações (por causa da má distribuição de renda, que por sua vez é gerada pelo roubo e desvio da verba pública destinada à educação e à cultura).
Exemplos claros para isto são notados aqui mesmo na América Latrina, como no Uruguai, que tem índices de analfabetismos quase nulos; pouquíssimos casos de "roubalheira no senado"-ou seja, escândalos políticos; e uma participação enorme do povo na administração do Estado.



A tentativa de separação do RS do resto do país já foi feita uma vez, e pelo mesmo principio que exemplifiquei acima, o pequeno estado estava sendo prejudicado pelo grande país. Essa revolução que alguns gaúchos propõem agora já foi feita e fracassou, não por falta de motivação, mas sim por falta de recursos, é muito difícil "nadar contra a corrente".

A reflexão, ou moral da história, é se devemos encarar nossa independência política como um sonho a ser realizado ou como um argumento para reclamar dos problemas que vemos todos os dias. É muito bonito bater no peito e dizer, eu não sou brasileiro, sou gaúcho (eu faço isso), mas devemos levar em conta que os problemas existem tanto lá quanto cá. Não basta pensar nas diferenças culturais ou "em qual terra eu me identifico mais" devemos realmente agir com atitudes de mudança. Senão o gaúcho será igual ao paulista, ao mineiro e ao brasileiro que reclamam e não fazem nada, que veem seu dinheiro ser enfiado nas cuecas pelos seus políticos, que veem empresas públicas serem privatizadas a preço de banana ou seus filhos e parentes viciados em drogas, ah com uma diferença, nós falamos tchê e tomamos chimarrão.